
Onde tantos barcos passam
Em minhas águas, o destinatário
De minhas riquezas se apossam
Eu o taxado hipócrita corsário
Fiz algo nunca dantes visto
Embanhado de um prazer voluntário
Reergui min'Honra e não desisto!
Sim, salvei-me da nefasta solidão
Fui rejeitado e lançado à sorte
Grande e intrépida ingratidão
Ressurgido, passei pela morte
Morte de ter perdido o brilho da vida
Essa que chamam bela, estrondosa
Velha mendiga adoecida
Era minha imagem impiedosa!
Cachoeira: salvação dos inconsolados
Que a tanto buscam por inteira
Para um dia cairem, raptados
Pela depressão traiçoeira
Pirata semente dourada
De ódio, aventura e temor
Que tantos invejam desvairada
Por cair em terra incolor
E sem colheita, sem festa e dança
Planta sem brotar, tristeza e dor
Rio, peixe eterna lembrança
Perdi meu tesouro, meu amor!
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1 comentários:
Nooossa.. Mas EU vi em primeiríssima mão!!
Muito boa a coesão e a ortografia está belíssima!!
Digno do premio nóbel da lingua.. [isso exite??] xP
beijoooos..
Jeh
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